quinta-feira, 5 de junho de 2008

Ética e responsabilidade social

O bom jornalismo é baseado na ética e na responsabilidade social. O jornalista deve ter consciência do seu papel na sociedade, como formador de opinião. Por isso, deve ser o mais claro, objetivo e imparcial possível. Sabemos que, atualmente, essa tarefa encontra muitos obstáculos. Após a revolução industrial, o avanço da tecnologia proporcionou um ambiente para que o jornal fosse distribuído em larga escala. O jornal tornou-se uma empresa, voltada ao lucro. Empresários e políticos passaram a enxergar nele uma janela para seus interesses.
A revista “Veja” freqüentemente é questionada por causa de matérias suspeitas, manipulação de declarações de fontes e a visível “marketinização” de suas notícias. Com a desculpa da liberdade de imprensa, ataca todos que sejam contra os seus interesses, assassinando reputações. Aceita, sem questionar, dossiês preparados por lobistas. O publicitário Eduardo Fisher, que fez a campanha da Schincariol, aquela do “experimenta, experimenta”, utilizou-a como arma contra a guerra dos empresários, donos de cervejarias. A revista fez ataques gratuitos e sem fundamento contra as empresas concorrentes.
Outro exemplo de falta de ética ocorreu durante o debate eleitoral entre Luíz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello, em 1989. A Rede Globo de Televisão, que transimitia o debate, deixou claro seu posicionamento político, ao dar mais espaço para que Collor falasse e cortando algumas falas de Lula. Então, nos perguntamos: Qual será o futuro do jornalismo? Será que precisaremos de um meio que fiscalize o próprio trabalho da imprensa de fiscalizar as irregularidades? Talvez seja necessário um quinto poder...

Nenhum comentário: